Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1085
Tipo do documento: Dissertação
Título: Transgredindo os limites das aulas de inglês na escola pública : a agência discente e o dessilenciamento na educação linguística crítica
Autor: Mendonça , Ariane Peixoto 
Primeiro orientador: Silva , Barbra do Rosário Sabota
Primeiro membro da banca: Silva, Barbra do Rosário Sabota
Segundo membro da banca: Silvestre, Viviane Pires Vianna
Terceiro membro da banca: Mastrella-De-Andrade, Mariana R.
Resumo: O estudo desenvolvido teve como enfoque a discussão da educação linguística crítica, fundamentada pela Linguística Aplicada Crítica, segundo a qual a educação linguística é vista como um ato politizado; a sala de aula, como um espaço de práticas sociais; e as/os discentes, como agentes de suas realidades. A escolha por realizá-la de acordo com os pressupostos da pesquisa qualitativo interpretativista se justifica por entender que, o que realmente é específico, no mundo social, é o fato de os significados que o caracterizam são construídos pela humanidade, que interpreta e (re)interpreta o mundo a sua volta, mostrando que não há uma única realidade, mas várias (MOITA LOPES, 1994). Nesse sentido, através das propostas trabalhadas em sala de aula e da prática pedagógica adotada por mim professora, pesquisadora e gestora, busquei problematizar os sentidos de língua construídos pelas/os sujeitas/os, corroborando Paraíso (2012), segundo o qual, em pesquisas associadas a essa perspectiva, questionam-se as relações de poder estabelecidas por discursos naturalizados e mostram as articulações e os conflitos com outros discursos, tal como desenvolvo neste estudo. Dessa forma, questionar aspectos hegemônicos e me colocar no lugar do outro foram atitudes tomadas como base para problematizar o processo de educação linguística de inglês na escola pública, aqui doravante referido como educação linguística crítica em contexto de inglês como língua adicional/estrangeira na escola pública. O material empírico do estudo foi gerado no ano de 2018 durante 56 aulas, os temas e os subtemas congêneres foram delineados ao longo das aulas. Para a geração do material empírico utilizei questionários (inicial, pós temas e final), diários, gravações em áudio e vídeo das aulas, entrevistas individuais semiestruturadas, rodas de conversa, narrativas multimodais e produções escritas. O contexto em que este estudo se desenvolveu foi uma escola pública municipal na cidade de Goiânia e dentre um universo de possibilidades, essa pesquisa se fez presente na turma do Ciclo II, agrupamento F1(6º. Ano), composta por 25 alunas/os (16 alunas e 09 alunos), com a faixa etária entre 10 e 12 anos. O meu olhar lançado sobre o material empírico aponta que as/os agentes tentaram provocar movimentos numa perspectiva de serem cidadãs/ãos, agentes e críticas(os) e foram em certa medida capazes de tomar iniciativas. Empenharam em se posicionar perante o mundo, em se engajar na vida social, em questionar valores dados como corretos, em discordar e em resistir a discursos fixos e às forças hegemônicas e em produzir outras formas de ler o mundo. Promover situações em que vozes e vivências deixam de ser silenciadas passou a ser meu novo locus de ação e discurso. Sobretudo, por acreditar na capacidade de reflexão e mudança de cada agente o que reforça meu compromisso como pesquisadora, professora e gestora.
Abstract: This developed study focused in the discussion of critic linguistic education, based by the pela Critical Applied Linguistics in which linguistic education is viewed as a politicized act; the classroom, as a space for social practices; and the students, as agents of their realities. The choice to do it according the assumptions of the qualitative-interpretive research is justified under the understanding that, what's really specific, in the social world, is the fact that the meanings that characterize it are defined by humanity, that interprets e (re)interprets its surroundings, showing that there is not only one reality, but several (MOITA LOPES, 1994). This research also associates itself to a critic perspective of linguistic education, because, through the proposals taught in the classroom and the pedagogical practices adopted by me as a teacher, a researcher and a manager, I tried to problematize the meanings of language defined by the subjects, corroborating Paraíso (2012), according to which, in researches associated with this perspective, question of the power relation established by naturalized discourses and show the articulations and conflicts with other discourses, such as I develop in this study. Therefore, questioning hegemonic aspects and putting myself in the place of another were attitudes taken as basis to problematize the English linguistic education process in public school, henceforth referred here as critic linguistic education in context of the English language as additional/foreign in public school. The empirical material of the study was generated in 2018 during 56 classes and the themes and congenerous subthemes were outlined through the classes. The study had as sources initial, post-theme and final surveys, journals, recorded meetings in audio e video, individual semi-structured interviews, informal group talks, multimodal narratives and written works. The context in which this study was developed was in a municipal public school in the city of Goiânia and inside a universe of possibilities, this research was present in the Ciclo II (Middle School), F1 group (6º. Grade), composed by 25 students (16 girls and 09 boys), with the average age between 10 e 12 years old, stressing that I researched my own praxis. My viewpoint cast over the empirical material points that the agents tried to provoke movements in an attempt in being critic and agency-savy citizens, and were in a way capable in taking initiatives. They tried hard to take a stand before the world, to engage themselves in social life, in questioning values given as righteous, in disagreeing and resisting to fixed discourses and to hegemonic forces and in producing other ways of reading the world. Promoting situations in which voices and experiences cease to be silenced turned to be my new action and discourse locus. Overall, by believing in the capacity for reflection and change of each one of the students reinforces my commitment as a researcher, teacher and manager.
Palavras-chave: Educação linguística crítica
Dessilenciamento
Escola pública
Letramento crítico
Critic linguistic education
Desilencing
Public school
Critic literacy
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Estadual de Goiás
Sigla da instituição: UEG
Departamento: UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias
Programa: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)
Citação: MENDONÇA, A. P. Transgredindo os limites das aulas de inglês na escola pública : a agência discente e o dessilenciamento na educação linguística crítica. 2020. 135 f. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias) - Unidade Universitária de Anápolis - CSEH - Nelson de Abreu Júnior, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis-GO.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1085
Data de defesa: 27-Mar-2020
Aparece nas coleções:Mestrado em Educação Linguagem e Tecnologias(IELT)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Dissertação Ariane Peixoto.pdf6,74 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.