@MASTERSTHESIS{ 2020:1168041886, title = {A variação de segunda pessoa do singular na Cidade de Goiás : “você” e “cê” sob um olhar sociolinguístico}, year = {2020}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/781", abstract = "A variação dos pronomes de segunda pessoa você e cê foi objeto de estudo em inúmeras comunidades linguísticas no Português Brasileiro (NASCIMENTO, 2011; GONÇALVES, 2008; RAMOS, 1997, 2000; ALVES, 1998; COELHO, 1999; PERES, 2006; e outros). Há, contudo, uma lacuna no que diz respeito à descrição desse fenômeno na variedade goiana. É assim que, calcado na Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008; WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006; LABOV, 1972, 1994, 2001; (LABOV, 2006 [1966]; e WEINREICH et. al., 1968), que entende a variação linguística como parte integrante do sistema linguístico, regulada por fatores tanto linguísticos, quanto sociais, este estudo visa descrever os usos pronominais na Cidade de Goiás e contribuir para o mapeamento dos usos de segunda pessoa do singular do português falado no Brasil. Ademais, também se ancora nos pressupostos da gramaticalização (HOPPER & TRAUGOUTT, 1993) e da cliticização (VITRAL 1996, 2006b; RAMOS, 1997). Nessa perspectiva teórica, objetiva-se investigar o uso variável dos pronomes de segunda pessoa do singular, você e cê na Cidade Goiás, a partir de um percurso histórico das formas. Para compreender a influência dos aspectos linguísticos e extralinguísticos no panorama sociolinguístico local, foram entrevistados 24 falantes nativos dessa comunidade, estratificados por sexo (masculino e feminino), faixa etária (25 a 35 anos e 36 a 50 anos) e escolaridade (Ensino Médio e Ensino Superior). Posteriormente, os dados foram transcritos, codificados e rodados no programa Goldvarb X, a fim de desenvolver uma análise sincrônica. Foram analisadas variáveis linguísticas de diferentes níveis de expressão (fonético-fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e cognitivas), bem como variáveis extralinguísticas (faixa etária, sexo, grau de escolaridade). Os resultados revelam que a variante reduzida cê é a mais frequente, sobretudo entre os mais jovens, o que sinaliza que, na Cidade de Goiás, à semelhança de outras comunidades linguísticas brasileiras, verifica-se um processo de mudança a partir da gramaticalização e da cliticização da forma variante inovadora.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }