@MASTERSTHESIS{ 2017:598964502, title = {Caracterização das frações do látex de Hancornia Speciosa (Mangabeira) : atividade angiogênica, expressão de genes e prospecção fitoquímica}, year = {2017}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/740", abstract = "O látex de diversas plantas apresenta potencial biotecnológico para desenvolvimento de novos fármacos. Dentre as lactíferas, a mais conhecida e explorada comercialmente é a seringueira, a qual possui látex com propriedade angiogênica. A fração F1 do látex de seringueira originou o Regederm® , creme-gel utilizado no tratamento de lesões teciduais. Contudo, existem relatos sobre alergias a produtos a base do látex de seringueira. Por esse motivo, tem-se buscado outras espécies lactíferas produtoras de látex com menor potencial alergênico. A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), planta nativa do cerrado e pouco explorada comercialmente, pode ser uma alternativa, uma vez que essa planta produz um látex com menor quantidade de proteínas, biocompatível e com propriedades angiogênicas. O objetivo desse trabalho foi fracionar o látex de mangabeira e avaliar o potencial angiogênico de suas frações; visando identificar qual dessas frações tem potencial para ser utilizado como biomaterial para aplicações médicas, e também determinar quais os principais metabólitos secundários que constituem a fração angiogênica. Para avaliar o potencial angiogênico, foi realizado o ensaio utilizando membrana corioalantóide (MCA) de ovos de galinha fertilizados. Os dados obtidos a partir desta técnica foram complementados pela análise molecular da expressão de genes relacionados à remodelamento tecidual e por prospecção fitoquímica da fração responsável pela maior atividade angiogênica do látex de mangabeira. Os resultados morfométricos obtidos pelo ensaio da MCA demonstraram um aumento significativo da rede vascular nas membranas tratadas com as frações soro e F1 do látex de mangabeira, quando comparadas ao controle neutro e controle inibidor. Além da avaliação morfológica das MCAs, foram realizadas também análises histológicas as quais identificaram maior intensidade de inflamação, células do conjuntivo e angiogênese nas MCAs submetidas às frações soro e F1 do látex de mangabeira, confirmando os dados morfométricos e sugerindo a atividade regenerativa do látex de mangabeira. As análises moleculares mostraram uma expressão aumentada do gene da metaloprotease 2, associado a angiogênese, nas MCAs tratadas com a fração F1 do látex de mangabeira. Assim, de forma geral, os dados obtidos no presente estudo revelaram que a fração soro do látex de mangabeira representa um importante agente angiogênico e que este biomaterial possui potencial terapêutico para ser explorado pelas ciências médicas. A prospecção química da fração soro, responsável pela maior atividade angiogênica, revelou a presença de flavonóides e taninos. Dados da literatura destacam a importância farmacológica desses compostos por serem substâncias que possuem atividade antioxidante, antimicrobiana e de forte potencial angiogênico, sendo capazes de atuar na aceleração do processo de regeneração tecidual. A utilização do soro do látex de mangabeira como um biomaterial em aplicações médicas, representa uma área bastante promissora, em especial, devido a sua capacidade de estimulação natural da angiogênese e por apresentar biocompatibilidade com sistemas vivos. Esses resultados agregam valor econômico a H. speciosa, a qual até o presente momento, vem sendo explorada comercialmente apenas pela utilização de seus frutos pela indústria alimentícia.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais} }