@MASTERSTHESIS{ 2017:642598380, title = {As contribuições da agroecologia para conservação do cerrado}, year = {2017}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/739", abstract = "A agroecologia, em sua essência, procura o ressignificação de tradições camponeses como um meio de sobreviver à industrialização rural. Esse padrão de atividade apoia-se nos conhecimentos tradicionais rurais para a obtenção de uma produção sustentável e saudável. A partir dessa nova perspectiva produtiva, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar, discutir e debater as experiências práticas agroecológicas em comparação à agricultura convencional dos imóveis rurais do município de Itapuranga, GO. Este estudo tem ainda o intuito de analisar as percepções dos camponeses sobre as categorias agricultura familiar e campesinato, e, segundo os princípios e conceitos da agroecologia, tentando categorizar esses proprietários rurais numa perspectiva além da categoria de agricultores familiares. Mesmo, a maioria desses trabalhadores rurais entrevistados se declarando na categoria de agricultor familiar, sua origem e luta vai além do enquadramento na Política Nacional da Agricultura Familiar. Sua raiz de luta no município torna-o autônomo frente à sociedade global, de forma social e econômica, haja vista que mantém a capacidade de prover a subsistência do núcleo familiar, trabalhando nos afazeres diários com sua família, com troca de saberes em mutirões, encontros das associações e do sindicato, em rezas, cultos e festas. Assim sendo, são melhores definidos como camponeses. A afirmação como categoria campesina se justifica ainda mais com os camponeses que trabalham com práticas agroecológicas, visto que, além de apresentar as características camponesas supracitadas, são organizados em um grupo de camponeses específicos agroecológicos. Em tais grupos, fazem mutirão, rodas de conversas e visitas participativas, ocorrendo nos encontros trocas de experiências, ajuda mútua e intercambio de saberes, empoderando o camponês de saberes, valores e autoconfiança. Contudo, ainda há no município uma resistência por parte dos camponeses, que produzem de forma convencional, em aceitar e querer produzir de maneira agroecológica. Os resultados das análises físico- químicas dos solos demonstraram que não há diferença entre as concentrações físicas e químicas dos solos nas produções agroecológicas e convencionais. Portanto, o manejo agroecológico, mesmo que recente no município, é eficiente e produtivo, demonstrando que a utilização de agroquímicos é uma condição muito mais tradicional na vida do camponês do que necessária, como foi afirmado no período da Revolução Verde. Entretanto, para a adoção de práticas agroecológicas, primeiramente, o camponês convencional teria que conhecer sua forma de produção, visto que, uma parte dos camponeses entrevistados não conhecia sobre o termo agroecologia, ou, na grande maioria, tinham conhecimento errôneo, com “preconceitos”. Outro fator, para adoção de práticas agroecológicas, seria o incentivo a políticas públicas para a produção, com valorização de todas as formas de produção camponesa, onde o mercado seria justo e quem ficaria com a maior parte do lucro seria o camponês e não o atravessador. Uma alternativa a esse problema seria o fortalecimento das feirinhas, uma realidade já vivenciada no município de Itapuranga, onde se vendem produtos com preços justos e o lucro da produção retorna com o camponês para sua propriedade. Os resultados obtidos demonstraram que as práticas agroecológicas desenvolvidas no município de Itapuranga foram afirmativas para o incentivo, a satisfação e a rentabilidade da produção agroecológica.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais} }