@MASTERSTHESIS{ 2018:582137944, title = {Tomei a liberdade de fazer este estudo: a multifuncionalidade do verbo “tomar” em uma amostra de fala da Cidade de Goiás-GO}, year = {2018}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/731", abstract = "Esta dissertação descreve o uso de tomar na Cidade de Goiás, a fim de averiguar possíveis fatores cognitivos e funcionais que possam motivar a multifuncionalidade desse verbo. As teorias que alicerçam este estudo defendem que a língua está a serviço da comunicação e que a estrutura linguística é emergente do uso. A Linguística Funcional Centrada no Uso, com os pressupostos de Bybee (2007; 2010; 2015), Furtado da Cunha et. al. (2013), Givón (2011), Neves (2002; 2011) e Tomasello (2008; 2009), possibilitou analisar os aspectos cognitivos que norteiam os diferentes usos do verbo em estudo; a Gramática de Construções, de Goldberg (1995; 2006), e a estruturação de redes conceituais e hierárquicas de Traugott e Trousdale (2013) e Traugott (2015) permitiram analisar a língua como um esquema cognitivo interligado, organizado por meio de redes. A Sociolinguística, com as contribuições de Labov (1972; 1994) e Bortoni-Ricardo (1985), concedeu o rigor metodológico para a coleta de dados desta pesquisa. A partir das ocorrências extraídas, constatouse que, dentre as quatro categorias: verbo pleno, verbo estendido, verbo suporte e expressão cristalizada, os cidadãos vilaboenses, na fala (dados obtidos do Projeto Fala Goiana), têm privilegiado os usos das categorias suporte e estendido. Uma possível explicação reside no fato de que as categorias pleno e expressão cristalizada são utilizadas em um contexto de uso mais restrito: o verbo pleno é altamente lexical e codifica sempre a mesma acepção. A expressão cristalizada, por sua vez, tem componentes altamente entrincheirados e também codifica sempre a mesma acepção. Em contrapartida, as categoria suporte e estendido podem ser empregadas em contextos diversos e, dependendo do sintagma nominal que acompanha o verbo, tendem a assumir acepções diversas. A análise dos dados permitiu perceber que a multifuncionalidade de tomar pode estar associada ao fato de que o verbo apresenta um traço semântico comum a todas as categorias, aproximação corporal, além de ter ligação com outros fenômenos de mudança linguística, como o não uso do pronome reflexivo e a tendência ao uso de perífrases para redução de formas flexionais (economia linguística). Tal evidência fortalece a premissa de que a língua é formada por redes.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade} }