@MASTERSTHESIS{ 2019:212879648, title = {Impactos socioambientais da eucaliptocultura e avaliação da toxicidade da água de decomposição das folhas de Eucalyptus urophylla S.T. Blake (Myrtaceae) em Allium cepa L. (Amaryllidaceae)}, year = {2019}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/553", abstract = "O interesse comercial faz com que a cada ano aumente a produção em larga escala de Eucalyptus spp. fora do seu ambiente de origem. Associado a essa expansão da eucaliptocultura estão os impactos positivos e negativos da produção. A contribuição com a balança comercial, preservação da mata nativa e fixação de carbono se destacam como benefícios. Por outro lado, os impactos negativos abrangem problemas socioambientais, qualidade e disponibilidade de água, qualidade do solo, redução da biodiversidade e efeito tóxico dos compostos liberados pela planta. Diante disto, esta pesquisa objetivou no primeiro capítulo realizar uma compilação de dados qualitativos e quantitativos sobre os impactos causados pela eucaliptocultura e no segundo capítulo avaliar a toxicidade da água de decomposição de folhas de Eucalyptus urophylla S.T. Blake (Myrtaceae) em Allium cepa L. (Amaryllidaceae). Com subsídio na literatura pode-se inferir que a produção científica a respeito dos impactos causados pela eucaliptocultura de 2008 a 2018 ainda é incipiente. A maioria das pesquisas avalia os impactos sobre a qualidade do solo e uma quantidade ínfima sobre a biodiversidade e os problemas sociais, fato preocupante mediante a expansão da produção. Foram encontrados 32 compostos liberados durante os diferentes tratamentos de decomposição e do extrato aquoso das folhas, por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM). Os compostos 2-etil-1-hexanol, fenchone, cis-di-hidrocarvona, e trans-di-hidrocarvone apareceram na água em decomposição das folhas em todos os períodos, mas foram ausentes no extrato de folhas. No entanto, compostos como o eucaliptol, α-pineno e acetato de α-terpinyl estiveram presentes apenas no extrato. Os compostos fazem parte das classes de monoterpenos, sesquiterpenos, triterpenos e outros. Quanto à toxicidade o efeito foi comprovado através da inibição do crescimento radicular de Allium cepa, identificado após a exposição das raízes a diferentes concentrações da água de decomposição de folhas de eucalipto em diferentes períodos. Para citotoxicidade, avaliada através de corte histológicos das raizes expostas as diferentes concentrações e períodos de decomposição, as alterações não foram suficientes para indicar o efeito tóxico. No entanto, foram identificadas algumas mutações e morte celular e alterações morfológicas nas raízes de Allium cepa. A produção acadêmica sobre os impactos da produção de eucalipto nos últimos dez anos foi baixa, principalmente se considerarmos que a eucaliptocultura tem crescido anualmente, é necessário que mais estudos sejam produzidos sobre os impactos dessa monocultura em larga escala, principalmente relacionados com os impactos socioambientais. Os compostos liberados pelas folhas de E. urophylla durante a decomposição em água, apresentam efeito tóxico comprovado pela inibição do crescimento radicular de Allium cepa, sendo maior nos primeiros 10 dias.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ambiente e Sociedade}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Ambiente e Sociedade} }