@MASTERSTHESIS{ 2020:10177869, title = {Cozinhar e festar: os sabores do Divino na Festa de Pirenópolis, Goiás}, year = {2020}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/400", abstract = "A Festa do Divino Espírito Santo ocorre em Pirenópolis, Goiás, há mais de 200 anos e ocupa um espaço significativo no imaginário local, especialmente no que diz respeito à alimentação, o que possibilita pensarmos a comida da festa além de um simples alimento com valor apenas nutritivo, mas cultural e identitário, tanto para quem os prepara quanto para aqueles que o consomem. Nesse estudo, usamos como recorte temático as fases da Festa compreendidas como Folia (etapa inicial), Império (núcleo central) e Cavalhadas (fechamento dos festejos). Por meio de visitas de campo, para a observação e ajuda na produção dos alimentos servidos em cada etapa da Festa. Diálogos foram tecidos, sendo possível mapear e apontar quais e como os alimentos são adquiridos e produzidos para tal evento, bem como conhecer as etapas de produção, os processos desenvolvidos no ambiente da cozinha, as relações de trabalho e de pertencimento cultural, criados e mantidos por meio das atividades culinárias. Essa inserção no campo, as observações densas e as entrevistas contribuíram para alicerçar as vivências do pesquisador também como um participante da Festa. A produção e a distribuição de alimentos são marcantes e geram um grande envolvimento da população que se empenha para produzir o cardápio de cada etapa da festa, quando surgem diversas formas de trabalho, movidas ou não por remuneração. Essas relações de comensalidade e produção coletiva permitem que a Festa aconteça, gerando uma significativa teia de sociabilidade e uma extensa circulação de dádivas. O alimento ocupa função ritual, com valor simbólico e sentimental para aquele que o produz e consome. A mesa é lugar de emoção, de encontro e de partilha entre os que hoje festejam e seus ancestrais, entre Deus e os homens. O estudo abordado nesta dissertação buscou compreender se o alimento, a preparação e a socialização do mesmo continuam sendo uma ação simbólica de comunhão. Diante das inovações tecnológicas que alteram o processo produtivo no campo, das novas formas de alimentação presente nos festejos, das alterações da cultura que é dinâmica e não estática, a Festa continua acontecendo, ainda dentro de suas tradições e rituais, por mais de dois séculos.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado} }