@MASTERSTHESIS{ 2015:884644126, title = {Determinantes do tráfico de animais silvestres no estado de Goiás e no bioma cerrado}, year = {2015}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/294", abstract = "A retirada de animais silvestres do seu habitat natural causa muitos prejuízos à fauna e ao meio ambiente de forma geral. Contudo, o tráfico de animais silvestres não está relacionado apenas a problemas ecológicos, mas também econômicos e sociais. Dessa forma, objetivou-se com esse trabalho diagnosticar o tráfico de animais silvestres nos estados que compõem o Cerrado entre os anos de 2006 a 2013, a fim de determinar as principais características ecológicas, econômicas e sociais que regem este comércio no bioma. Para tal, foram encaminhados ofícios aos Batalhões da Polícia Militar Ambiental, às Superintendências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e ao Ministério do Meio Ambiente, localizados nos seguintes estados que compõem o Bioma Cerrado, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo, Tocantins e Maranhão, solicitando a disponibilização dos Termos de Apreensão e Depósito pertinente às informações referentes ao tráfico de animais silvestres. Essa prática no bioma Cerrado é caracterizada pela captura de diversas espécies pertencentes às classes, Aves, Reptilia, Mammalia, Amphibia e Peixes. A classe que contou com o maior número de apreensões entre os anos estudados foi a das aves, dando destaque à espécie canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), que foi a espécie mais apreendida em todo estudo. No que diz respeito ao grau de ameaça ao qual as espécies apreendidas estão inseridas nota-se que a categoria “Menos preocupante” foi a que teve maior representatividade. Foi possível notar a existência de lacunas espaciais na fiscalização para o estado Goiás, o qual concentra a maior parte das apreensões em municípios localizados próximos às sedes de órgãos fiscalizadores. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e a densidade populacional municipal exerceram influência sobre o número de apreensões em Goiás. No entanto, ao considerarmos as mesmas variáveis em nível de estado nota-se que não há qualquer relação entre o número de apreensões e o Índice de Desenvolvimento Humano e a densidade populacional. No que diz respeito ao Índice de Gini, em nenhum dos casos houve relação entre a concentração de renda e o número de espécimes apreendidos. Além disso, o valor pelo qual os indivíduos são comercializados não influenciou o número de apreensões. As aves são traficadas, em geral, com a finalidade de serem mantidas como animais de estimação, principalmente, devido ao seu canto exuberante. O fato de os animais apreendidos, em sua maioria, não estarem ameaçados de extinção demonstra que a comercialização de espécies ameaçadas é, para o Cerrado brasileiro, um evento casual, enquanto a de espécies não ameaçadas é um evento esperado. As diferenças observadas para os resultados do Índice de Desenvolvimento Humano e a densidade populacional devem-se ao fato de em Goiás terem sido avaliadas variáveis municipais, enquanto nos demais estados a avaliação se deu sobre as variáveis do próprio estado. Quanto mais ameaçado é um animal, maior é o seu valor de venda no mercado negro. Contudo, nesse estudo, foi observada a ausência de uma relação entre valor de venda e número de animais silvestres apreendidos. Tal fato demonstra que o principal objetivo do tráfico de animais silvestres no Cerrado é comercializar animais mais abundantes, cuja captura é mais fácil.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Recursos Naturais do Cerrado RENAC}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado em Recursos Naturais} }