@MASTERSTHESIS{ 2020:164179432, title = {Mulheres na prensa mecânica : histórias de vida de mulheres que usam crack na cidade de Anápolis-GO}, year = {2020}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1219", abstract = "O presente estudo sobre o uso do psicoativo crack, aborda a percepção a partir do contexto da cidade de Anápolis-Goiás, por mulheres consumidoras maiores de 18 anos. A pesquisa qualitativa teve como campo de pesquisa o CAPS AD local. As entrevistadas contaram suas histórias de vida, narrativas que recuperam memórias entre passado, presente e as expectativas para o futuro. Suas vozes são localizadas na metáfora do funcionamento de uma prensa mecânica. O crack é percebido como o motor que aciona o funcionamento dessa prensa que exerce a pressão condicionante sobre as mulheres como meras peças de um mecanismo excludente. Esse trabalho buscou desvelar através do olhar fenomenológico, o funcionamento desse mecanismo conforme os estudos de Hurssel e Hart, a fim de perceber o craving como parte de um processo mental e emocional que antecede a consciência. Estabelece-se a relação com o contexto social, muito mais relevante para o consumo de psicoativos do que a potência química de substâncias alteradoras do estado de consciência. Os fatos históricos levantados por Federici e Harvey nos levam ao processo de acumulação primitiva que significou acumulação de diferenças, elementos necessários para compreender a trajetória da oficina de opressão. Assim, o gênero acrescenta o peso da invisibilidade e da objetificação sobre seus corpos. Foram usados os estudos de Valois, Delgado, Delmanto e Fiore, que identificavam o modo ineficaz como a legislação proibicionista impede o consumo de certas drogas a despeito de outras fortalecendo discursos moralistas que marginalizam alguns ainda que o consumo seja menor e as drogas menos prejudiciais, se olhadas pela perspectiva de violências relacionadas. Os resultados da pesquisa sociológica apontam para a necessária escuta e participação ativa das mulheres nas políticas públicas existentes, percebe-se crescente queda no número de acolhidas na unidade CAPS AD, elas estão em menor número na população, e são negligenciadas em suas necessidades específicas. São expostas aos seus agressores, na RAPS sofrendo violências constantes, não se sentem ouvidas e muito menos acolhidas. O estudo percebeu que o O CAPS AD não oferece opções terapêuticas adequadas, quadro ainda mais grave no caso das necessidades específicas das mulheres, não possui espaço adequado e fere os direitos de atendimento universal para lésbicas, trans e travestis. Com isso as mulheres demonstram quadros crônicos de sofrimento, traumas, negligências e violências institucionais por meio dos gestores públicos de modo geral.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias} }