@MASTERSTHESIS{ 2016:1863622233, title = {Representações de Damiana da Cunha na história e na literatura}, year = {2016}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/988", abstract = "Com a pesquisa “Representações históricas e literárias de Damiana da Cunha” intentou-se estudar as representações que foram construídas ao longo dos séculos XIX, XX e XXI, na historiografia e na literatura. Damiana da Cunha se insere no contexto da História de Goiás marcado pela ocupação do território e o extermínio de povos indígenas que aqui viviam; esta indígena pertencia ao grupo étnico Kayapó do Sul, que resistiu até o final do século XVIII à apropriação de seu território. Com a política indigenista pombalina de assimilação dos indígenas, os Kayapó do Sul foram aldeados na década de 1780, período que corresponde à “projeção” de Damiana da Cunha (1780-1831). Documentos, relatos de viajantes, narrativas históricas e literárias evidenciam a atuação de Damiana da Cunha e os papeis que ela exerceu no contexto das políticas indigenistas. Entretanto, as representações construídas sobre Damiana da Cunha, principalmente as biografias dos séculos XIX e início do XX, se caracterizam pela aproximação com o projeto de nação idealizado pelo Estado, que, entre outros aspectos, enfatizam os resultados “benéficos” da colonização; a criação dos mitos e dos heróis nacionais; a inserção do indígena na produção historiográfica e literária; entre outros. Damiana da Cunha é representada como a heroína missionária, convertida ao Cristianismo, que sacrificou sua vida por “amor” ao seu povo e em serviço da Administração Colonial e Imperial, ou seja, em favor do “bem coletivo”. A literatura goiana no século XX também construiu representações de Damiana da Cunha e analisou o seu comportamento pautado na cultura do não indígena; as análises destas representações evidenciam uma Damiana da Cunha heroína e virtuosa, ou seja, o protótipo de uma visão heroica inerente ao projeto de nação do século XIX. O rompimento com essa visão foi apresentado no Romance Guerra no Coração do Cerrado, de Maria José Silveira, publicado em 2006. A obra aborda Damiana da Cunha a partir da ambiguidade da vida entre os dois mundos, o indígena e o não indígena; e analisa a sua (re)aproximação com os Kayapó Sul nos âmbitos cultural e social.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (PPG-TECCER)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Territórios Expressões Culturais do Cerrado} }