@MASTERSTHESIS{ 2025:1615043943, title = {Perfomances discursivas com/entre pessoas braças cisgêneras bissexuais em rodas de conversa on-line: (des/re)construções de sentido sobre “eus” bissexuais}, year = {2025}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1729", abstract = "Nesta pesquisa, objetiva-se compreender os sentidos que afetam as construções de performances bissexuais para si mesmas/os e para outras/os nas relações sociais. Os objetivos específicos do estudo são: a) perceber a imbricação entre corpo, linguagem e performance na (re/des)construção de performances bissexuais; e b) discutir as produções de sentidos sobre a díade hetero-homo e seus impactos na construção de uma performance bissexual. O presente trabalho insere-se na linha de pesquisa Linguagem e Práticas Sociais, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás. Portanto, o campo teórico de estudo está situado na Linguística Aplicada Crítica Indisciplinar, que se propõe a tensionar fronteiras epistemológicas, recusando categorizações fixas e abrindo caminho para novas formas de conhecimento (Moita Lopes, 2006, 2009). Nesse sentido, a autoetnografia performática (Gottardi, 2023; Raimondi, 2019) sustenta a pesquisa, não como uma metodologia que observa à distância, mas como uma prática relacional, na qual pesquisadora e participantes se performam mutuamente na produção de conhecimento. Esse percurso teórico é atravessado pelos Estudos Culturais (Hall, 2014), pela Teoria da Linguagem como Performance (Butler, 2018; Gonzalez; Lopes, 2018) e pelas Epistemologias Bissexuais (Gaber, 1998; Hemmings, 2002; Monaco, 2020; Saldanha, 2021, 2023; Klidzio, 2023), que problematizam as normatividades que regulam as performances (bis)sexuais e de gênero. O instrumento metodológico da pesquisa baseia-se em rodas de conversa online, realizadas pelo Google Meet, nas quais as/os quatro coparticipantes e a pesquisadora compartilharam experiências sobre suas bissexualidades. A análise é orientada pela metáfora do rizoma (Deleuze; Guattari, 1995), permitindo que os sentidos emergentes não sejam capturados por categorias discursivas pré-determinadas, mas sim conectados em redes de significação construídas nas rodas de conversa. Nesse sentido, o estudo indica que a bissexualidade é constantemente questionada e invisibilizada, sendo lida como instável e, por isso mesmo, pensada como ilegítima. No que concerne às percepções de si, as/os coparticipantes negociam seus posicionamentos identitários conforme os contextos e interlocutores, enfrentando normatividades que impõem a necessidade de "provar" sua bissexualidade ou sua estabilidade dentre as possibilidades restritas da díade. Assim, o apagamento das performances não é meramente um efeito do binarismo hetero-homo, mas deriva também do embate com uma moralidade que posiciona a dissidência como ameaça à ordem na experiência territorializada. Esta pesquisa contribui para os estudos da linguagem e das (bis)sexualidades ao demonstrar que a bissexualidade precisa ser pensada como um campo de disputa simbólica, cujos discursos, performances e normatividades se chocam na produção instável de um “eu” bissexual.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias} }