@MASTERSTHESIS{ 2025:715921676, title = {Letramento Racial Crítico e a interrupção de silêncios na formação de professoras/es de línguas: o que se esconde quando falo de raça?}, year = {2025}, url = "http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1727", abstract = "Neste estudo, eu me desafiei a discutir os silêncios que emergiram de uma experiência de Letramento Racial Crítico em uma universidade pública do interior de Goiás. Meus objetivos específicos são: a) compreender e denunciar como se instala o silêncio sobre raça e racismo na sociedade brasileira; e b) problematizar as percepções de raça e racismo das participantes da experiência de Letramento Racial Crítico. Situo o presente trabalho na linha de pesquisa em Linguagem e Práticas Sociais, dentro do projeto de pesquisa da Profa. Dra. Barbra do Rosário Sabota Silva, intitulado Perspectivas Críticas, Decoloniais e Pós-humanistas na Educação Linguística e na Formação Docente. Ele é embasado em uma perspectiva crítico-decolonial, onde compreendo o fazer científico de interesse para a sociedade como aquele que desafia as estruturas coloniais, subvertendo a lógica da modernidade, cujo objetivo é homogeneizar a existência. Emprego esforços em identificar, denunciar, resistir e propor o enfrentamento das dicotomias impostas pela colonialidade. Para o desenvolvimento do estudo, elaborei um percurso didático de quatro aulas ministradas em uma disciplina de Linguística Aplicada em um curso de Letras Português-Inglês. A proposta das aulas foi pautada a partir de pressupostos do Letramento Racial Crítico. Segundo Aparecida de Jesus Ferreira (2015), esse projeto implica considerar os nossos próprios entendimentos de como raça e racismo são tratados no nosso dia a dia e o quanto afetam nossas identidades sociais. Além das aulas, a materialidade deste trabalho conta com narrativas autobiográficas, elaboradas pelas alunas, e conversas individuais gravadas após o percurso, bem como o diário reflexivo do pesquisador e outras atividades produzidas nas aulas. Ao longo da elaboração da presente dissertação, encontro a formação de professoras/es de línguas como um lócus estratégico de enfrentamento do racismo em nossa sociedade. Ao me questionar acerca do que se esconde quando falo de raça, percebo que os silêncios emergem a partir da ficção histórica de constituição da Pátria Brasil e que a colonialidade internaliza tais estruturas silenciadoras, dificultando os diálogos sobre nossa racialidade. A partir das percepções das alunas da própria racialidade, discuto os silêncios que emergiram, os quais caracterizo como límbico e epistêmico, e discorro sobre as relações entre os apagamentos sistêmicos de epistemologias não legitimadas pela colonialidade e como a cisão entre corpo e saberes atua na manutenção dessa hierarquia de opressão. Esta pesquisa contribui para a compreensão da necessidade de uma formação docente que valorize corpovivências na interrupção de silêncios que sustentam o racismo.", publisher = {Universidade Estadual de Goiás}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT)}, note = {UEG ::Coordenação de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias} }